Os bebês prematuros internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML) contam com a colostroterapia - prática desenvolvida com o colostro, o primeiro leite produzido pela mãe, que alimenta o bebê durante os primeiros dias de vida.
Também conhecida como terapia colostral, a colostroterapia foi implantada pelo Banco de Leite Humano (BLH), para ajudar no desenvolvimento do recém-nascido prematuro, principalmente, que apresentam peso muito baixo. O alimento possui elementos de defesa e funciona como suplemento imunológico para o bebê. “Para mim é gratificante saber que também estou ajudando meu filho a ganhar resistência e peso para sair logo da UTI", declarou a parturiente Elaine Mourozinho.
A nutricionista do BLH, Larissa Moraes, reforça que a prática traz muitos benefícios e contribui diretamente para a melhora da saúde da criança. "Com o colostro, o intestino do bebê já começa a ser colonizado com imunoglobulinas. Esse processo, ativa o sistema imune da criança e previne que ela venha adquirir algumas doenças, diminuindo a necessidade de antibióticos", explicou.
O período de duração da terapia colostral, inicialmente, é de 15 dias, de três em três horas, conforme a rotina de alimentação ou mesmo que a criança esteja em dieta zero. A coordenadora do BLH, Darcineyde Dias, enfatiza que os benefícios da colostroterapia, vão além dos orgânicos. "É uma terapia em que a mãe contribui diretamente com a melhora do recém-nascido, aumentando o laço afetivo entre ela e o bebê", afirmou.