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sábado, 17 de junho de 2017 - 23:44h
Batalha de Hip-hop demonstra a resistência das comunidades negras modernas na Virada Afro
Estilo musical também é uma filosofia de vida para jovens amapaenses, baseado na reflexão social
Por:
Foto: André Rodrigues
Evento foi um aquecimento para o Red Bull BC One, que ocorre em julho

O segundo dia da Virada Afro levou toda a energia do Movimento Hip-Hop para o corredor cultural montado no Complexo Beira-Rio, em Macapá. A animação dos b-boys – como são chamados os dançarinos do ritmo musical – contagiou o público no palco alternativo. Foram mais de 40 apresentações de diversos grupos da capital

O hip-hop é um gênero musical com uma subcultura iniciada durante a década de 1970, nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque. Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador do movimento, estabeleceu quatro pilares essenciais na cultura hip-hop: o rap, o DJ, breakdance e o graffiti.

B-boy há 25 anos, Elson Videira, do Movimento Hip-hop do bairro Novo Buritizal, afirmou que a batalha foi uma excelente oportunidade oferecida pela Virada Afro para divulgar a cultura hip-hop.

De acordo com ele, o espaço disponibilizado para as apresentações deste sábado, 17, é o que o movimento precisa para crescer ainda mais no Estado. “É de atitudes como esta, de abertura de espaço, que precisamos para fortalecer a cultura hip hop no Estado. O movimento é muito importante porque ele dá retorno social, na medida em que tira jovens das drogas, álcool e da ociosidade”, avaliou o dançarino.

A Batalha de Hip-Hop da Virada Afro foi um aquecimento para a grande disputa que será sediada em Macapá, o Red Bull BC One. A competição é mais importante de b-boys no mundo. O evento está previsto para acontecer no dia 29 de julho, na Fortaleza de São José de Macapá.

O Governo do Amapá será parceiro na organização do Red Bull BC One. A disputa vai reunir 16 competidores de todo Brasil (São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Amapá, entre outros Estados), além de jurados do cenário do hip-hop internacional, que podem ser Lil G (Venezuela) ou Lilou (França).

O local foi escolhido estrategicamente, pois integra o tripé dos principais pontos turísticos do Estado, junto com Marco Zero e o Rio Amazonas. A realização do evento foi liberada e aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e o público será delimitado em 500 pessoas, atendendo a uma determinação do instituto.

A seletiva que escolherá o amapaense que representará o Estado na competição, será realizada no dia 28 de julho, no Teatro das Bacabeiras. Também está previsto um workshop neste mesmo dia.

Virada Afro

O evento é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado do Amapá – por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e a Secretaria Extraordinária dos Povos Afrodescendentes (Seafro) -  e a Fundação Cultural Palmares. Os recursos financeiros são provenientes de emenda do deputado federal Marcos Reátegui.

A Virada Afro tem como intuito valorizar a cultura negra amapaense em um circuito que envolve música, arte, gastronomia e moda. O evento é, ainda, alusivo à Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de garantir a participação plena e igualitária dos afrodescendentes em todos os aspectos.

 

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Créditos:

Fotos: André Rodrigues

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