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sábado, 29 de julho de 2017 - 09:00h
Batalha Amapá: com apoio do GEA, evento fortalece o movimento hip-hop
B-boy amapaense foi o grande vencedor da batalha, que reuniu 16 competidores, entre eles, cinco paraenses.
Por:
Foto: André Rodrigues
Batalha reuniu competidores do Amapá e do Pará e os b-boys da casa mostraram a força do hip-hop tucuju

O Governo do Amapá segue investindo e apoiando diversas iniciativas que buscam o desenvolvimento do Estado nas mais diversas vertentes. Na noite de sexta-feira, 28, o Teatro das Bacabeiras foi palco da 14ª Batalha Amapá, evento que visa disseminar e fortalecer a cultura do hip-hop no Estado. Realizado com o apoio do GEA, a competição reuniu 16 jovens envolvidos no movimento (6 paraenses e 11 amapaenses), que com suas performances de dança, levantaram a plateia. Destes, um foi escolhido como o melhor, obedecendo critérios específicos avaliados por uma banca de profissionais do segmento.

Os 16 competidores foram escolhidos em uma seletiva fechada que ocorreu pela manhã. Da qual também foram selecionados 12 participantes para a final da competição nacional "Red Bull BC One Brasil Cypher“ [evento organizado pela Red Bull] que acontecerá neste sábado, 29, na Fortaleza do São José de Macapá. Para a realização de ambos os eventos, o Governo do Amapá investiu R$ 142 mil.

O movimento hip-hop é composto por quatro elementos: o grafite, o Dj, o rap, e o breakdance. É uma dança de rua na qual um dos principais personagens é o b-boy [garoto que dança break].

No palco do Teatro, a disputa aconteceu em quatro etapas consecutivas: oitavas de final, quartas de final, semifinal e final. Dois b-boys duelavam por vez, cada um teve direito a executar duas performances por batalha até a semifinal. Na decisão, foram três oportunidades para dar o melhor de si e dificultar, assim, o lado do adversário. As batalhas duraram, em média, três minutos.

O grande vencedor da noite foi Jardel Seabra, ou simplesmente “B-boy Jardel”. O jovem de 21 anos, há 10, faz parte do segmento. Para a décima quarta edição do Batalha Amapá, contou ele, a preparação foi árdua e as últimas semanas ainda mais difíceis pelo falecimento de seu pai. Além de prepará-lo para a vida, o hip-hop também tem o ajudado a suportar a dor da perda e seguir em frente.

“Assim como o hip-hop foi – e agora ainda mais está sendo essencial na minha vida –, tenho certeza que contribui da mesma forma para a vida de muitos outros jovens, que em sua maioria são das ‘quebradas’, da periferia. É um movimento que nos ensina a pregar a consciência, o bem. Me orgulho e sou feliz por fazer parte, e me sinto ainda mais realizado com essa vitória”, destacou o vencedor que, como premiação, recebeu medalha e R$ 500,00.

Segundo o secretário de Estado da Cultura, Dilson Borges, o movimento hip-hop no Amapá cresce consideravelmente com o passar dos anos. Neste sentido, o Estado cumpre o papel de fomentar e incentivar cada vez mais este crescimento. Ele comentou que mais de 2 mil jovens são adeptos ao hip-hop no Amapá. 

“O Governo do Estado assiste cerca de 29 segmentos culturais e o hip-hop vem mostrando a sua cara. Essa parceria com a Red Bull é um grande passo que damos para fomentar esta vertente que ganha cada vez mais novos adeptos”, frisou Borges, comentando ainda que o evento de sábado, na Fortaleza, será transmitido ao vivo para vários países, “possibilitando à nossa cultura ser divulgada e apreciada amplamente”.

Carlos Augusto, mais conhecido no segmento como “Zulu”, é presidente do Instituto Cultura Viva e representante do Amapá na organização do Red Bull BC One Brasil Cypher. Segundo Zulu, a batalha deste ano teve um brilho a mais, por anteceder o evento nacional sediado pela primeira vez em terras tucujus. 

“São 14 anos de batalha, tendo sido esta edição uma das mais especiais. É o momento em que há o reconhecimento do potencial do Estado no segmento hip-hop e contamos com a presença de jurados renomados mundialmente. Hoje, a Batalha Amapá é a terceira maior do país. Os nossos esforços, aliados ao apoio imprescindível do Governo do Estado, em parceria com a Red Bull, fazem com que consigamos cada vez mais evoluir e alcançar nossos objetivos”, comemorou Zulu.

Performance e avaliação

Durantes as apresentações, os competidores foram avaliados nos critérios musicalidade, dinamismo, originalidade, performance e presença de palco.

Um dos jurados da competição foi o paulista Alex Eduardo, conhecido como Pelezinho, membro do time estrelado Red Bull BC Red All Stars, que já julgou campeonatos em diversos Estados do país, dentre eles o Amapá, no ano de 2008. Ele destacou que os b-boys amapaenses surpreendem em suas performances e evoluíram consideravelmente desde a última vez que esteve no Estado. Segundo Pelezinho, o diferencial dos b-boys amapaenses está “na energia e na garra com que executam os seus movimentos. São jovens com um incrível potencial e que têm tudo para crescer ainda mais no segmento”, destacou.

Josiel Ramos ou “Jojô” é um grande nome do hip-hop amapaense. Ele compôs a mesa do júri da Batalha e também comporá a mesa de sábado. “Eventos como este possibilitam dar um gás para que os jovens persistam no movimento. Além do crescimento desta cultura, cresce de mesma intensidade o resgate social e diminui a violência por meio da função social que o movimento desenvolve. Para ser um b-boy de excelência é necessário muito estudo, criatividade, aperfeiçoamento. É uma satisfação imensa e única ver e participar da evolução da dança de rua no Estado”, salientou Jojô.

Stefane Mila, 23 anos, dançarina, prestigiou a batalha e disse ser admiradora da cultura hip-hop. “A batalha é uma grande oportunidade para os jovens aperfeiçoarem e mostrarem a sua dança, o seu talento. Esperamos mais investimentos neste segmento que, por vezes, é marginalizado, mas que tem um papel social incrível, resgatando tantos garotos, adolescentes, jovens e adultos de situações de risco e lhes mostrando um novo mundo e novas possibilidades de levar a vida”, externou.

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